sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Nova linhagem possui gene resistente a infecções.

A nova linhagem de levedura, desenvolvida pela Universidade de São Paulo, terá um gene resistente a infecções. Ele foi obtido a partir da enzima lisozima da mosca Drosophila melanogaster que apresenta funcionamento em pH ácido semelhante ao encontrado no processo de fermentação alcoólica. Com o emprego de técnicasespecíficas da engenharia genética, que incluíram a clonagem de parte do gene dessa enzima e a identificação de um promotor que faz o gene se expressar na levedura por meio de um processo chamado de DNA recombinante, tornou-se possível a obtenção dos resultados positivos durante o processo de fermentação alcoólica.

A redução do uso de antibióticos com a nova descoberta é praticamente certa, pois a maioria dos microorganismos presentes nas dornas apresenta sensibilidade à ação da lisozima, que age preferencialmente na parede de bactérias Gram-positivas, como Bacillus coagulans e Lactobacillus fermentum. Após a realização de testes quecomprovam os resultados da levedura nas condições de laboratório e demonstram o seu potencial no processo industrial, o grupo de pesquisa das USP está encaminhando consulta de acordo com Ana Clara Schenberg para a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), para saber se não haverá problemas com a liberação do uso de organismos geneticamente modificados (OGMs) para a produção de etanol conforme preocupação ma- nifestada por empresários da área.O desenvolvimento de levedura resistente à ação de bactérias é resultado de uma longa caminhada do grupo de pesquisa da Universidade deSão Paulo que começou na época do Proálcool. Segundo Ana Schenberg, o grupo estuda também a ação de leveduras na transformação do amido da mandioca e do milho para a produção de etanol. (RA)


Origem do Artigo: JornalCana



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